O Transtorno Opositor Desafiador, Transtorno Opositivo e Desafiador ou Transtorno Desafiante e Opostivo é um transtorno caracterizado por dificuldade no controle do temperamento e das emoções, na qual a criança mostra-se resistente a ordens, perde a paciência facilmente, recusa-se a obedecer regras e mostra-se agressivo, ressentido, frequentemente com rancor e ideias de vingança.
É muito confundido com transtorno de conduta ou com o transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (devido ambos terem como característica a impulsividade), porém o diferencial e a característica do comportamento hostil e de um padrão global de desobediência e desafio, embora muitas vezes possa estar associado ao TDAH (cerca de 50% de quem possui TOD também possui TDAH) e possa evoluir para o TC (violações de conduta muito graves).
Cerca de 2% a 16% das crianças em idade escolar apresentam este transtorno. Geralmente ele é descoberto no momento em que a criança começa a frequentar a escola, é mais frequente em meninos e os sintomas costumam aparecer em torno dos 6 ou 8 anos de idade.
O diagnóstico é realizado por um neuropediatra e/ou psiquiatra infantil. O critério para o diagnóstico é a presença do comportamento alterado na maioria dos dias por mais de seis meses e classificação é leve quando ocorre em apenas um ambiente, moderado quando ocorre em dois e grave quando ocorre em três ou mais ambientes.
É um transtorno que costuma trazer muito desconforto para os pais, uma vez que eles ficam se questionando onde erraram na educação do filho, são frequentemente chamados na escola pelo comportamento do filho, e julgados pelas pessoas ao redor por acharem que não dão educação ao filho. As causas do problema podem ser sim no âmbito familiar, mas também pode ser motivada por outros ambientes, assim como também pode ser algum problema de regulação emocional/hormonal, pode ser algum fator genético ou fisiológico.
Trata-se de um transtorno que causa muito prejuízo social para a criança, pois ela geralmente é rejeitada nos locais que frequenta e tem baixo desempenho escolar.
Quando tratadas e acompanhadas, cerca de 65% das crianças deixam de ter os sintomas. Quando não acompanhadas ou quando os sintomas persistem, podem evoluir para o transtorno de conduta. Quanto mais cedo for realizado o diagnóstico, melhor o prognóstico. O tratamento consiste em medicação, psicoterapia, prática de esportes e mudanças no ambiente familiar.
As crianças em suas diversas fases, apresentam comportamentos de desobediência e birra. Para saber se seu filho está apenas em uma fase ou se ele tem TOD, é preciso ficar alerta se os casos de desobediência forem muito frequentes, se ele ficar muito agressivo, não aceitar as responsabilidades por ser repreendido ao fazer algo inadequado e se descontrolar quando algo não sair da forma que ele gostaria.
Se seu filho tiver TOD, é importante saber lidar com o problema: sempre mantenha o controle, por mais que o seu filho esteja em uma crise de descontrole e mesmo que ele esteja te agredindo. Acolha o seu filho, porém seja firme com ele. Quando ele agir de forma inadequada, repreenda e mostre a ele qual o comportamento que não foi adequado, fale apenas sobre o comportamento e não sobre ele e dê “castigos” proporcionais ao que foi feit. Lembre-se sempre que bater só piora a situação. Busque ajuda profisisonal: existem algumas medicações que podem ser utilizadas e também a psicoterapia é fundamental, bem como uma intervenção de terapia ocupacional e de psicomotricidade.